Como as depressões normalmente se iniciam com manifestações físicas, ao principio nunca se suspeita que se está com uma depressão.
Normalmente a tendência é para achar que existe algo de errado com alguma parte do corpo e que se sofre de algum problema grave de saúde. Como tal, a tendência seguinte é para começar a marcar consultas com o especialista que se acha que possa resolver o problema. Eventualmente, após feitos uma série de exames e análises, o especialista chega à conclusão que não há nada de errado e que provavelmente o problema não residirá naquilo em que se pensa inicialmente.
Como tal, qualquer médico, após as conclusões, dá então o conselho de que o melhor será fazer uma visita a um psiquiatra. Relutantes em relação ao conselho, as pessoas acabam por marcar uma consulta. Nessa consulta, o psiquiatra faz um enorme número de questões acerca da vida pessoal, afectiva, familiar, profissional e vários outros antecedentes, o que o leva, se for mesmo o caso, a atribuir todas as manifestações fisicas a uma eventual depressão causada por um determinado factor.
De inicio, a reacção do doente é de completa rejeição perante aquilo que está a ouvir, e apesar da solução que o psiquiatra apresenta, nunca chega a acreditar que aquilo o levará a algum sitio. Se o psiquiatra for de qualidade conseguirá com que o doente faça respeitar a receita e a posologia do tratamento, e aí, entra-se noutra fase que descrevo no post seguinte.
