sexta-feira, março 09, 2012

Jonckheere Deauville Análise / Review

Os Jonckheere Deauville são basicamente dos melhores autocarros de longo curso em termos de carroçaria, e apesar de ter sido começado a ser pensado em meados dos anos 80, ainda serve ligeiramente as necessidades de uma deslocação de poucas centenas de quilómetros. A carroçaria de estilo muito apelativo e o conforto para o passageiro davam cartas relativamente a outros grandes carroçadores.
O interior para o passageiro é extremamente panorâmico dando sempre a sensação de imenso espaço ao contrário de outras configurações de outros carroçadores em que simplesmente a cabeça do passageiro rasa a bagageira interior, obrigando até as pessoas a encolherem-se quando se têm de ausentar do assento. Os bancos são largos, espaçosos, muito confortáveis e têm uma ligeira folga ao encosto o que ajuda à adaptação da posição do passageiro. A iluminação não é ao longo do corredor mas sim alinhada com a bagageira o que apesar de ser boa ideia para uma iluminação directa ao lugar do passageiro, o facto das lampâdas serem de fraca intensidade provoca uma sensação de escuridão geral no autocarro. Ainda a constatar o facto de o carro não possuir janelas de correr o que o torna dependente do ar-condicionado instalado e cuja eficácia é fraca, daí poder-se esperar uma temperatura mais alta após algumas horas de viagem.
É frequente ver-se os Deauville com a traseira fechada, o que pessoalmente prefiro, dado que evita umas dores de cabeça quando o carro vai no sentido contrário ao do sol porque as cortinas por vezes não tapam totalmente a luz e estão constantemente a oscilar. Nas janelas laterais, alguns carros possuem cortinas normais e outros uma tela que abrange totalmente cada janela.
Normalmente é comum ver estas carroçarias assentes em chassis MAN ou Volvo, embora também apareçam em DAF e julgo já ter visto Mercedes o que deve ser algo raro. A versão que tive oportunidade de experimentar estava assente em MAN 16.360 e no geral é uma carro algo simples de conduzir, não tão fácil quanto um VanHool da mesma geração, mas para a altura de fabrico era suficiente. Tinha ainda problemas nas correias que chiavam bastante mesmo após terem sido trocadas por umas novas, mas aí o problema já será outro. A velocidades por vezes não entravam principalmente a 1ª ou 2ª.
Ainda muito mais haveria a dizer mas assim o post torna-se demasiado longo e o que interessa referir já está indicado.
Em conclusão, o Deauville é um dos meus favoritos e peca só por uma ou outra opção relativamente ao conforto individual do passageiro. De resto, impecável.